quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Nacional de Espanha

Mais um coverage, muito incompleto (quase inexistente) por parte da Wizards, por isso andei a pesquisar na net e encontrei um resumo de como foi o nacional dos nuestros hermanos, esta em castelhano mas dá para perceber, podem ver aqui.

sábado, 25 de agosto de 2007

Top 8 Nacional de Italia

Como no site oficial da Wizards, não foram colocados os decks do top 8 do national italiano aqui fica para os interessados: Aqui

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Net decking

A internet tem vindo a ter um papel importante no Magic competitivo. Reports de torneios e discussões de estratégia, normalmente incluem listas exactas de decks e descrições das suas performances contra outros decks. Muitos jogadores pegam nestas informações e constroem um deck similar ou mesmo igual, baseando-se na experiência de outros jogadores. Esta estratégia, designa-se por “net decking”.

O “net decking” pode trazer bons resultados, contudo não é garantido que se consiga obter o sucesso que outros jogadores conseguiram; isto pode dever-se a vários motivos: o jogador pode ser inexperiente, pode não estar familiarizado com o modo de operação do deck, nem com os planos de jogo que este possibilita, ou então pode entrar em torneios onde vários dos seus oponentes também optam por fazer “net decking”; num torneio deste género (que são os mais comuns), um deck metagamezado (deck construído para vencer os decks mais comuns e/ou melhores) pode ser uma boa escolha. O “net decking” é o que ajuda a definir o metagame, sem isso jogaríamos contra decks aleatórios, deixando de existir o que é na minha opinião uma parte muito interessante do Magic competitivo, a escolha e afinação de um deck para determinado matagame. Na minha opinião o “net decking” é perfeitamente aceitável enquanto se esta consciente do que se esta a fazer; olhar por exemplo para uma lista de um deck de um top 8, analisar os seus pontos fortes e fracos, modifica-lo, introduzindo techs para um determinado metagame, e playtestar (playtestar muito!); no entanto pode acontecer que uma versão de um deck da net seja a melhor de todas, por exemplo no caso de dragonstorm, durante vários meses fez-se modificações no deck mas conclui-se que a melhor versão era a do campeão do mundo. Há contudo de relembrar que os jogadores de Magic playtestam contra “net lists”, portanto normalmente é melhor ter algumas variações. As listas na net devem servir como esqueleto ou ideia para fazer o seu próprio deck, não apenas para serem copiadas.

Alguns jogadores são claramente contra o “net decking”, abdicam de constructed, jogando apenas limited, devido a este fenómeno; na opinião destes jogadores a essência do Magic esta em construir os seus decks com base nas suas ideias, e confrontar essas ideias com as dos outros jogadores; contudo até o formato de limited esta a ser influenciado pela internet, basta ver um top 8 de um torneio importante para verificarmos que existem arquétipos parecidos, tendo mesmo muitas cartas em comum. Muitas pessoas na véspera de um torneio, vão à net e copiam um deck, isto não produz bons resultados, basta dar uma olhadela pelas ultimas mesas para ver grandes decks construídos por campeões a serem jogados mal e porcamente e a levarem na tarraqueta.

Usem mas não abusem do “net decking”.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Um lamiré de Lorwyn


A nova expansão Lorwyn, tem a sua estreia marcada para dia 29 de setembro; poucas cartas são conhecidas até à presente data, são elas alguns terrenos básicos (bem bonitos) e um bicho chamado shriekmaw que tem um dos novos mecanismos de Lorwyn, evoke, uma abilidade que permite jogar criaturas a baixo custo, com a contrariedade de as terem de sacrificar quando entra em jogo.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Magic Teórico: Hall of Famer's Ballot 2007

Olá a todos,



Na sequência da minha rubrica semanal Magic Teórico, hoje pretendo falar do que para mim é a melhor forma de aprender a jogar magic: observar a forma como os melhores do mundo jogam e tentar emulá-los.


Neste campo, o melhor exemplos que temos para seguir é o dos Hall of Famer's. E este ano avisenha-se um ano dificil para o comité de selecção. É, se calhar, um dos melhores Ballots de sempre. De entre os nomes do ballot deste ano destaca-se um, que parte claramente à frente da concorrência, Kai Budde.



Para quem não se recorda de quem é este senhor, vou-vos fazer um pequeno resumo da carreira dele. Fez 9 top 8's em Pro Tours, nos quais ganhou 5 títulos individuais (entre os quais o título de Campeão do Mundo em 98-99) e dois em equipa, sendo de longe o jogador com mais títulos individuais, o que lhe ganhou a reputação não perder ao domingo. "The German Juggernaut", nome pelo qual é conhecido, ganhou também o prémio de melhor jogador do ano por 4 vezes, 98-99, 00-01, 01-02, 02-03. Entre outros títulos a destacar, tem no bolso 14 top 8's em GP's, dos quais ganhou 7, e um tão apreciado Invitational em Cape Town 01-02, no qual foi imortalizado na carta Voidmage Prodigy. É o jogador que detém o record de Prize Money total de carreira com 352.620 Euros. É provavelmente, juntamente com Jon Finkle, um dos 2 melhores jogadores de sempre de Magic.



É claramente um dos meus jogadores favoritos por vários motivos, sobretudo porque foi na altura de total domínio dele, a partir de 2001, que eu me tornei um jogador de magic de competição. Foi com um deck da autoria deste senhor (com uma pequenissima alteração minha), que eu consegui o meu primeiro top 8 em regionais, na altura Mirari´s Wake. Este deck, quase um mês depois de eu o ter levado, dominou standard como melhor deck do ambiente, sendo que o metagame consistia, na altura, de tog e madness dos mais diversos tipos.



Para além de Kai Budde, temos neste ballot vários outros nomes conhecidos do Magic mundial como Randy Buheler, Fugita, Scott Jonhs, Brian Kibler, Michael Long ( conhecido por fazer macetes, foi punido pela DCI, pelo que não deve ter grandes hipóteses), Zvi Mowshowitz, Steven O'Mahoney Shwarts, Chris Pikula (imortalizado no Meddling Mage), David Price (o rei do Beatdown e autor da carta Price of Progress), Ben Rubin, Alex Shvartsman e Michael Turian, o que exemplifica bem o calibre do ballot deste ano. Só para terem uma ideia, a média de pro points deste ballot ronda os 190 e os lifetime earnings os 100.000 dolares.



Bem, vou-vos dizer que eu escolhia para HoF'er este ano.



Kai Budde - Escolha obvia.



Zvi Mowshowits - Grande jogador, mas também excelente escritor de artigos sobre teoria de magic, de entre os quais destaco "The Grand Unified Theory of Card Advantage", artigo que acho que deviam ler. Com um curriculo invejável, é uma escolha sólida para HoF.



Ben Rubin - Um veterano do pro tour e um excelente deck builder, com uma carreira que inclui um título mundial em 98.



Michael Turian - Grande jogador de limited, um dos melhores de sempre, e um jogador muito respeitado, com um elevado sucesso quer em equipas, quer individual.



Tsuyoshi Fujita - Um dos melhores jogadores japoneses, sobretudo em constructed, onde é reconhecido como um excelente deck builder. Um mestre em Red Deck Wins e outros, como Angry Hermit ou Goblins.


Por altura dos mundiais saberemos quem receberá os famigerados aneis.



Até para a semana!



Daniel Pinto

Metagame Standard

Na semana passada, postei alguns dados do ambiente de standard, relativamente aos campeonatos nacionais que têm decorrido, esta semana e em continuação desse post, irei fazer uma análise mais qualitativa dos diferentes decks.

Em primeiro lugar, o que se nota é uma grande diversidade de decks, contablizando em três campeonatos nacionais mais de 50 decks diferentes a serem jogados, isto deve-se principalmente às dual lands que permitem uma grande flexibilidade de conjugação de cores e estratégias, a diversidade deve-se ainda à grande quantidade de cartas de qualidade existente no ambiente, muitos decks são construídos juntando cartas de qualidade, isto foi o que o que aconteceu em AngelFire, não há uma carta má no deck!

No entanto neste mar de decks, existem aqueles que são mais jogados e têm mais sucesso, são alguns desses que irei falar em seguida.

O deck com mais top 8 e mais jogado é sem dúvida Blink Touch:

Thomas Drake

Main Deck:

1 Izzet Boilerworks
2
Boros Garrison
4
Hallowed Fountain
3
Nimbus Maze
4
Steam Vents
1
Adarkar Wastes
1
Shivan Reef
1
Urza's Factory
2
Sacred Foundry
1
Plains
1
Mountain
2
Island

4 Riftwing Cloudskate
3
Venser, Shaper Savant
4
Bogardan Hellkite
3
Grand Arbiter Augustin IV
2
Numot, the Devastator
4
Court Hussar

3 Azorius Signet
2
Boros Signet
4
Momentary Blink
4
Aethermage's Touch
4
Lightning Helix

Sideboard:

2 Teferi's Moat
4 Aven Riftwatcher
3 Avalanche Riders
3 Detritivore
3 Lightning Angel

O objectivo deste deck é ganhar tempo, para conseguir invocar os bichos grandes ou controlar o jogo com as habilidades de "cames into play" dos bichos, quer jogando-os da mão e posteriormente fazendo blink ou jogando Aethermage`s Touch. O deck tem umas jogadas engraçadas como jogar Aethermage`s Touch no final do turno do oponente e meter em jogo um Bogardan Helkite dar 5 de dano ao oponente, no seu turno atacar com o dragão 5/5 e ainda com a possibilidade de fazer blink e dar mais 5 de dano, isto costuma ser letal; outra jogada bonita é jogar um Grand Arbiter e reduzir o custo de um Numot para 4 manas. Existem versões com preto ou verde em vez do vermelho, a versão com preto leva Skeletal Vampire, Angel of Despair e Remand, sai Bogardan Helkite e Helix; na versão com verde leva 1ou 2 Mystic Snake e 1 ou 2 Hierarcas e Glittering Wish. Ao fim de algum playtest este deck parece-me consistente mas um pouco lento, tem muitas dificuldades contra Rakdos e Gruul, contudo se o jogo estiver mais ou menos controlado até ao 4º turno com Helix (destruir criaturas e ganhar vida) e Court Hussar (para bloquear alguns bichos e procurar as cartas certas para jogar ao 4º turno), este deck torna-se letal para o oponente.

O segundo deck mais jogado é Rakdos:

Nick Lovett

Main deck:

4 Sulfurous Springs
5
Mountain
2
Swamp
4
Blood Crypt
3
Graven Cairns
2
Rakdos Carnarium
2
Keldon Megaliths
1
Urborg, Tomb of Yawgmoth

4 Mogg Fanatic
4
Dark Confidant
3
Withered Wretch
4
Giant Solifuge

4 Seal of Fire
4
Incinerate
4
Rift Bolt
4
Char
3
Hit // Run
3
Demonfire

Sideboard:

4 Cryoclasm
4
Martyr of Ashes
4
Cruel Edict
3
Rain of Gore

Não podemos chamar a Rakdos de o tradicional deck de beatdown, não é o deck que mate muitas vezes ao turno 5/6, mas mata com bastante facilidade em turnos posteriores, basicamente é um deck de burn que leva Dark Confidant para comprar cartas de burn, sendo que o pior que pode acontecer é levar 8 de sair um Hit/ Run no confidant, leva Withered Wretch para remover cartas de cemitério do deck de dredge, bem como cartas inconvenientes que se encontrem no cemitério do oponente como Momentary Blink, Call of the Herd ou Mystical Teachings. Este deck beneficiou da não reedição de cop: red, contudo uma Worship e um Soltari Priest fazem o trabalho, não há uma carta em Rakdos que passe por isto. Este deck tem algumas dificuldades contra AngelFire e decks d Glare, contudo a sideboard o caso muda de figura.

O terceiro deck mais jogado é Gruul/Red Deck Wins

Gruul Padrão

Main Deck:

4 Stomping Ground
4
Karplusan Forest
5
Mountain
4
Forest
2
Horizon Canopy
2
Treetop Village
1
Pendelhaven

4 Troll Ascetic
4
Tarmogoyf
4
Scab-Clan Mauler
4
Mogg Fanatic
4
Llanowar Elves
2
Magus of the Moon

4 Char
4
Incinerate
4
Rift Bolt
4
Seal of Fire

Sideboard:

4 Tin Street Hooligan
2
Magus of the Moon
3
Krosan Grip
4
Giant Solifuge
2
Loxodon Warhammer

A gruul já podemos chamar de um tradicional deck de beatdown, tem bichos baratos e agressivos como por exemplo: Scab-Clan Mauler, Tarmogoyf e Troll Ascetic, muitas versões levam ainda Giant Solifuge. Leva burn para limpar a mesa do oponente e atacar continuamente com as suas criaturas, ou pode usar o burn para dar aqueles pontos de dano que faltam para matar o oponente. Contudo este deck tem evoluído para uma versão diferente com Greater Gargadon e Mogg War Marshal, esta nova versão mais red deck wins tem mais top 8 e esta a ser jogado por alguns jogadores de topo.

Craig Jones

Main Deck:

5 Mountain
2
Forest
1
Pendelhaven
4
Treetop Village
2
Gemstone Mine
2
Horizon Canopy
4
Stomping Ground
4
Karplusan Forest

2 Greater Gargadon
4
Mogg Fanatic
4
Mogg War Marshal
4
Tarmogoyf
4
Troll Ascetic
2
Keldon Marauders

4 Char
4
Incinerate
4
Seal of Fire
4
Rift Bolt

Sideboard:

3 Loxodon Warhammer
2
Greater Gargadon
3
Pithing Needle
4
Magus of the Moon
3
Tin Street Hooligan

Este deck é um pouco mais lento, pois além de levar criaturas menos agressivas, leva quatro Treetop Village e não leva Llanowar elves para acelerar; contudo este deck tem mais hipóteses de ganhar a médio prazo no jogo. Existem versões que não levam Troll Ascetic nem Keldon Marauders, levando Sulfur Elemental e quatro Greater Gargadon a main deck. Esta versão e Gruul “mais normal”, tem as mesmas dificuldades de Rakdos contra AngelFire e Decks de Glare, contudo pós sideboard com Magus of the Moon e Loxodon Warhammer as coisas melhoram um pouco.

O deck que se segue é AngelFire:

Simon Uphill

Main Deck:

1 Adarkar Wastes
1
Sunhome, Fortress of the Legion
1
Urza's Factory
1
Island
1
Plains
3
Flagstones of Trokair
2
Izzet Boilerworks
1
Shivan Reef
2
Steam Vents
1
Nimbus Maze
3
Hallowed Fountain
3
Battlefield Forge
3
Sacred Foundry

4 Lightning Angel
4
Court Hussar
2
Aeon Chronicler
3
Sulfur Elemental
2
Firemane Angel

3 Azorius Signet
1
Izzet Signet
2
Boros Signet
1
Loxodon Warhammer
3
Demonfire
4
Lightning Helix
4
Wrath of God
4
Compulsive Research

Sideboard:

2 Detritivore
2
Take Possession
2
Disenchant
3
Faith's Fetters
3
Condemn
2
Tormod's Crypt
1
Loxodon Warhammer

Este deck é basicamente uma junção de cartas boas, não há uma carta má no deck! As versões com Boom/Bust já não são muito jogadas, devido à elevada popularidade de Rakdos e Gruul que são decks rápidos onde um boom/bust ao turno 5/6 já não vem trazer nada de novo ao jogo; com blink também em alta e com 5 signets a main, boom/bust não é lá muito bom; outro motivo para a versão com boom/burst deixar de ser jogada é a não reedição dos terrenos de tron em 10th (nos decks que levavam tron é que um boom ou um bust faziam a diferença). Este deck tinha más matchups contra decks de controlo tipo permission (decks com muitas counters), como por exemplo dralnu du louvre, contudo com a inclusão de Sulfur Elemental que não pode ser anulado e Detritivore a sideboard e algumas versões a main deck fazem o jogador de controlo ter suores frios. É um deck que se bem jogado e com alguma sorte pode ganhar a tudo.

Decks Glare tiveram muito sucesso há uns 8 meses atrás nos states; com a chegada de dragonstorm o deck morreu, pois dificilmente ganhava a dragonstorm, com a saída do deck de combo mais perigoso do ambiente, Glare voltou à vida com algum sucesso nos campeonatos nacionais pelo mundo fora:

Anatoli Lightfoot

Main Deck:

1 Vitu-Ghazi, the City-Tree
2
Selesnya Sanctuary
5
Plains
3
Horizon Canopy
3
Brushland
4
Temple Garden
4
Llanowar Reborn
2
Treetop Village

3 Loxodon Hierarch
3
Troll Ascetic
3
Tarmogoyf
4
Serra Avenger
4
Selesnya Guildmage
4
Saffi Eriksdotter
4
Watchwolf

2 Glare of Subdual
3
Griffin Guide
3
Gather Courage
3
Call of the Herd

Sideboard:

4 Sunlance
3
Temporal Isolation
3
Faith's Fetters
2
Seed Spark
1
Gather Courage
1
Glare of Subdual
1
Pentarch Paladin

Esta visto que Troll Ascetic e Tarmogoyf foram grandes aquisições para este deck, dando-lhe mais agressividade, as versões anteriores levavam Spectral Force, Scryb Ranger e Thelonite Hermit, esta versão esta muito mais agressiva com Serra Avenger Watchwolf e Grifin guide. Esta versão esta melhor preparada contra mass removal (ex martyr of ashes), pois agora leva quatro Saffis, griffin Guide, Troll Ascetic regeneradores, além dos quatro hieracas. Este deck tem bons matchups contra rakdos e gruul, tal como Angelfire este deck pode ganhar a qualquer deck, se bem jogado e com alguma sorte.

Até para a semana.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

As melhores reedições: Branco.






Quem não se lembra de todos os white winnies que com esta peça, se tornavam verdadeiras maquinas voadoras de matar?
Esta é uma reedição a ter em conta.













O paladino en-Vec é uma carta genial que necessitava de ser reeditada. É boa em qualquer sideboard, ou até, se o ambiente requisitar, mesmo a main board.
















É anjo, é grande e é voador com habilidades e custa 5 manas apenas. É sempre algo com que fazer o adversário se preocupar com.














Quando todos os círculos estão fora da jogada, este torna se o único círculo disponível para protecção, seja de que cor, se bem que a vermelha é a mais ofensiva neste aspecto, e a que vai dar uso ao círculo de histórias









É preciso palavras? Se não fosse reeditada, seria uma vergonha total. É uma carta necessária que nem a nova versão preta poderia substituir. Contra bichos ou beatdown é o melhor recurso possível, se chegar a tempo, é claro.

















Esta carta é importante porque o controlo existe e temos de ter cartas contra ele. Com isto impedimos combo e controle. A não ser, claro, que nos destrua o rule e nos mate com a combo. Mas é sempre um recurso que perde. É sempre mana que gasta. É sempre um empecilho. Se for jogado em turnos iniciais, ainda melhor.












Contra dragões 6/6 que destroem mana e comem cemitério, ou contra anjos chatos voadores. Contra qualquer bicho enorme que seja o winning factor do adversário, seja em late game como em turnos iniciais, é sempre uma boa carta para matar empecilhos e coloca-los longe do nosso caminho.





terça-feira, 7 de agosto de 2007

Regras "Bridge from Below"

Desde que o deck de Dredge se tornou popular, muita gente tem duvidas relativamente à carta Brigde from Below, por isso e como verdadeiro serviço publico, vou tirar as duvidas mais comuns.

A principal dúvida, prende-se com o facto de ser possível responder ou não a um Dread Return, com o objectivo de remover os Brige from Below do cemitério, impedindo o oponente de fazer 3 tokens de zombie. Passo a dar um exemplo: o jogador X, que tem uma Bridge from Blow no cemitério, sacrifica 3 bichos para usar o flashback de um Dread Return do seu cemitério, sendo que o jogador Y em resposta ao Dread Return faz um Extirpate aos Bridges ou sacrifica uma criatura como por exemplo um Mogg Fanatic. O que acontece é que os Bridges from Below são removidos de jogo, impossibilitando o jogador X de fazer 3 tokens de zombie. Por que razão isto acontece? É simples para que a 1ª habilidade da bridge resolva, é necessário que a sua presença no cemitério seja verificada duas vezes, uma quando é activada e outra quando vai resolver, ora como a habilidade que removeu os Bridges do cemitério foi posta no stack em ultimo lugar, vai ser a primeira a resolver, logo quando a habilidade dos Bridges from Below resolve (em 2º lugar), já não se verifica a sua presença no cemitério, o que faz com que o jogador X não obtenha tokens de zombie.

Outra dúvida, prense-se com a possibilidade ou não de fazer tokens de zombie, sendo jogado uma magia de mass removal, como por exemplo uma Wrath of God. Mais uma vez um exemplo: o jogador X com uma Bridge no cemitério e com 3 criaturas faz Wrath, sendo que o jogador Y tem 2 criaturas. O jogador X depois de resolver a Wrath of God, activa 3 vezes a Bridge from Below, e como é controlador das duas habilidades da Bridge, pode decidir qual a ordem em que entram em stack, logo se a habilidade referente à remoção da Bridge (pela morte das criaturas do jogador Y) for para o stack em primeiro lugar, sendo que em segundo vai a habilidade de fazer tokens (com a morte dos bichos do jogador X) , são colocados 3 tokens de zombie em jogo e as Bridges removidas de jogo.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Dados do metagame de Standard

Qualquer jogador de Magic que se preze, deverá saber que nas ultimas semanas, se têm realizado diversos campeonatos nacionais, pelo mundo fora, estes campeonatos realizam-se em limited e em standard, sendo o top8 disputado neste ultimo formato.
Neste post vou apresentar, apenas os dados numéricos dos decks jogados e decks dos top8. Para a semana irei fazer a análise qualitativa e competitiva do metagame.
Em 1º lugar o nº total de decks jogados por todos os que disputaram os nacionais dos U.S.A., Austrália e Inglaterra:

Este gráfico denota que o deck mais jogado, é Blink nas suas 3 variantes, com cerca de 64 indivíduos a jogarem com ele, os segundos e terceiros decks mais jogados são também os mais agressivos, Rakdos e Gruul; de salientar também Angelfire com cerca de 45 jogadores a preferirem-no; ao deck Selesnya Glare, podemos atribuir o titulo de: "o desterrado", dado que depois de ser o deck mais jogado nos states dos U.S.A. e o que mais top8`s fez, o deck morreu durante 7 meses, para agora voltar a ver a luz do dia. muito devido à saída de Dragonstorm do ambiente.
Passo agora a analisar os decks dos top8`s, dos nacionais italianos, dos U.S.A., australianos e ingleses: 5-Blink Touch UWR/ 4-Rakdos/ 2-Blink Touch WUB/ 3-Gruul/ 2-Project X/ 2-Solar Flare/ 2-Red Deck Wins/ 1-AngelFire/ 1-Selesnya Glare/ 1-UBR Control/ 1-Dralnu/ 1-UGW Control/ 1-RG Aggro/ 1-Boros Sliver/ 1-UB Control/ 1-Dredge/ 1-The Rack/ 1-Storm/ 1- UBR Control. Como podemos facilmente perceber Blink Touch foi o deck que mais presenças teve nos top8`s dos nacionais, será por ser o melhor deck? será por ser bastante consistente? será por ser o deck que mais jogadores escolheram para competir?
Rakdos e Gruul também têm a sua cota parte de presenças em top8`s, o que prova o valor destes decks; quanto ao titulo "o que esta isto a fazer aqui!" vai para o deck Boros Slivers, como é possivel boros fazer resultados em nacionais? o deck não é nada de especial, eu sei do que falo.
Até para a semana.

Magic Teórico



Olá a todos,

Eu sou o Daniel Pinto e pretendo, semanalmente, escrever um bocadinho sobre este jogo de que todos gostamos. No entanto, pretendo fazer uma abordagem diferente. Nestes artigos não irão encontrar decklists com a mais recente teck, nem análises do metagame, mas sim as minhas reflecções sobre as teorias nas quais assenta este jogo, sobretudo a nivel competitivo. Nestes artigos tentarei esclarecer conceitos como "card advantage", "tempo", e vários outros. O objectivo destes artigos é apenas um, dar aos jogadores com estes conhecimentos uma vantagem real no tabuleiro de jogo, que vai muito para além de baralhos, metagames e match-ups, trata-se de afinar não o deck mas o jogador.

Quantos de nós já fomos ver um top 8 de um pro tour, sacamos um deck e não conseguimos perceber com é que o gajo fez top 8 com aquele deck horrivel? Já repararam que nas primeiras mesas de um torneio estão quase sempre as mesmas caras, independentemente do formato e do baralho? A que se devem estas "coincidências"? Sorte? Um bocadinho. Superior qualidade de jogo? Um bocadão.

Mas vamos ao que interessa. Hoje pretendo falar sobre um dos maiores erros que alguns jogadores cometem ao fazer a abordagem de um determinado jogo:

Ausência de plano de jogo

O Magic é um jogo de estratégia e deve ser jogado como tal, não nos devemos esquecer disso. Quando jogamos um jogo contra uma determinada match-up, devemos analisar, mesmo antes de começar a jogar, quais as cartas que vão ser importantes, quem tem a vantagem se o jogo durar muito tempo, e toda uma série de outras questões que depois nos permitirão, durante o jogo, tomar as decisões adequadas

Vamos a um exemplo. A match-up trisketron vs dragonstorm dos mundiais do ano passado. Eis as decklists:

Makahito Mihara
2006 Worlds – Top 8

1 Dreadship Reef
1 Calciform Pools
8 Island
4 Steam Vents
4 Shivan Reef
4 Mountains

4 Lotus Bloom
4 Dragonstorm
4 Telling Time
4 Seething Song
4 Rite of Flame
4 Sleight of Hand
4 Gigadrowse
4 Remand
4 Bogardan Hellkite
2 Hunted Dragon

Sideboard:

1 Trickbind
3 Pyroclasm
1 Calciform Pools
2 Dreadship Reef
3 Ignorant Bliss
4 Repeal
1 Teferi, Mage of Zhalfir


Ryo Ogura
2006 Worlds – Top 8

4 Hallowed Fountain
4 Adarkar Wastes
4 Urza's Tower
4 Urza's Powerplant
4 Urza's Mine
1 Urza's Factory
1 Academy Ruins
1 Island

4 Azorius Signet
3 Dimir Signet
4 Remand
2 Spell Snare
2 Mana Leak
2 Spell Burst
1 Commandeer
4 Compulsive Research
2 Think Twice
2 Tidings
1 Careful Consideration
1 Mystical Teachings
3 Wrath of God
2 Faith's Fetters
2 Teferi, Mage of Zhalfir
2 Triskelavus

Sideboard:

3 Jester's Scepter
2 Circle of Protection: Red
3 Annex
1 Wrath of God
1 Faith's Fetters
1 Return to Dust
1 Draining Whelk
1 Spell Snare
1 Remove Soul
1 Trickbind

Como podem ver, temos uma clássica match-up Controlo (Ogura) Vs Combo (Mihara). Nestas match-ups, habitualmente, o jogador de controlo tenta impedir a combo de arrancar e tenta levar o jogo para o endgame onde tem vantagem. O jogador de combo tenta arrancar a combo o mais rápido possivel, mas de forma segura, pois gasta a mão toda a arrancar e se falhar, dificilmente recupera. Vamos ver se este raciocínio habitual se aplica a esta match-up.

Analisemos então as cartas mais importantes. Para o deck de Dragonstorm, as cartas mais importantes serão 3: Gigadrowse, Calciform Pools e Dreadship Reef. Isto porque estas são as cartas que lhe vão permitir arrancar com segurança. Para trisketron, para além das contra-mágicas, o Teferi é decisivo, pois dificulta muito o plano a dragonstorm de lhe rodar as fontes de mana azul no final do turno com Gigadrowse.

Daqui retiramos que o plano de jogo de dragonstorm é andar à volta das contra-mágicas, rodando as fontes de mana azul de trisketron no final do turno com gigadrowse, com mana possivelmente das storage lands. Quanto a trisketron, tentará impedir este plano com um teferi e esconder-se atrás das contras até conseguir produzir uma ameaça forte, na forma de um triskelavus por exemplo, e ganhar o jogo. Mas será que este plano é eficiente? Não me parece. E verificamos isso na final dos mundiais em que este deck, com este plano, não conseguiu ganhar um jogo. Isto porque devido às storage lands, o plano de impedir o gigadrowse com um teferi fica impossibilitado, como pode facilmente ser verificado no segundo jogo desta mesma final, em que apesar de parecer que trisketron tinha o jogo controlado, dragonstorm acabou por ganhar com Gigadrowse devido à enorme quantidade de contadores nas storage lands.

A conclusão disto é que se o jogo demorar muito tempo dragonstorm tem vantagem, pelo que trisketron tem de tentar jogar da forma mais agressiva possivel, tomando mesmo o papel de baralho agressivo, apesar de obviamente não estar muito preparado para isso.

Eu playtestei muito trisketron, levei-o inclusivé aos regionais. Num desses jogos de treino contra dragonstorm, um colega meu joga um Hunted Dragon. Eu deixo resolver. Ele ataca para o primeiro dano. Eu sofro. No meu turno, tenho uma cólera, um compulsive research e um remand. O que faço? Um outro colega meu aconselha-me a resolver a cólera.

O que eu fiz foi seguir o raciocínio de que sou o jogador agressivo nesta match-up. Ataquei e e fiz compulsive research. No turno seguinte comprei o Faith's Fetters e continuei a atacar para a vitória. Uma vitória devido a uma boa análise da match-up.

Divirtam-se e até para a semana!

Daniel