sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Dungeon Comics Abre Em Coimbra

Abriu na passada semana em Coimbra a "Dungeon Comics" uma loja especializada em Comics CCGs e RPGs. Localizada na Av. Sá da Bandeira no Centro Comercial Golden, r/c, loja nº5. A equipa Kounterspell convida os leitores e jogadores de Coimbra e não só a visitarem este projecto do nosso membro "Mr. Brown". Irá Realizar-se um torneio de magic para celebrar a abertura (mais informações para breve).

Contactos: E-Mail: dungeoncomics@sapo.pt Tel: 965227529

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Novos Membros

A equipa kounterspell esta à procura de mais membros para a sua equipa.
Procuramos jogadores com disponibilidade ao sábado e/ou domingo à tarde para jogar, na zona de Santa Maria da Feira. Procuramos especialmente elementos residentes na zona próxima ou que passe cá o fim-de-semana. Esta procura deve-se à indisponibilidade de alguns elementos, quer por darem aulas ao sábado, quer à abertura de uma loja de jogos em Coimbra (informações para breve).
Os interessados devem contactar-nos por e-mail: kounterspell@gmail.com

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Magic Teórico:Report de Top 4 no PTQ Kuala Lumpur I

Olá a todos,

Voltei aos reports. Desta vez abordarei o PTQ Kuala Lumpur - Porto. Tentarei debruçar-me mais sobre as pools e as construções dos decks, do que no torneio em sí, sobretudo porque não me lembro muito do que se passou nas Swiss Rounds. Guardo para a segunda parte do artigo o top 8.

Como qualquer artigo de limited, comecemos pela card pool:

Branco:

Azul:

Verde:

Vermelho:

Preto:

Artefactos:

Terrenos:


Como podem ver o preto não tem jogáveis em número suficiente pelo que não vale a pena. O vermelho tem algumas boas cartas mas não tem grande removal nem bichos bons pelo que também foi excluído.

Passando às partes boas, tenho um verde muito bom, cheio de jogáveis e com 3 bombas: 2 Nubidebulhadores e uma Imperiosa Élfica. No branco tenho uma série de kithkins bons mas sobretudo um anel do esquecimento e uma Brigite. O meu azul, apesar de não ter tritões muito fortes, tem muitas comuns boas por si sós, como as pestermites, o aethersnipe e o mulldrifter.

Comecei por considerar só o verde e o branco, mas no fim acabei com muitos fillers, pelo que a muito custo, pois os nubidebulhadores custam 4 verdes, tive que splashar azul. Este splash foi suportado sobretudo pelo galho e pelas grutas. Vejamos o baralho:

Como tinha vários morfolóides, isso permitia-me atingir aquela massa crítica para tirar partido dos mestres de caça, fazendo disto um pseudo-deck de elfos.

1ª Ronda: Este foi um jogo claramente atípico contra faeries. No primeiro jogo, ele ganha comigo mana hoosed após mulligan a 5. No Segundo jogo, ambos temos mana mas o meu baralho é uma limpeza contra voadoras e eu ganho. Terceiro jogo, ficamos ambos mana hoosed mas eu topdecko o terceiro terreno e faço mulldrifter. Recupero do mana hoose mais rápido que ele e ganho.


2ª Ronda: Não me lembro de quase nada, excepto que ganhei o primeiro jogo após um arranque poderosissimo do meu adversário com o life gain do heroi e o segundo empatamos em turnos adicionais. Ele tinha uma purity e no geral um deck muito bom mas as nubidebulhadoras estiveram sempre à altura da purity dele e ganharam-me o jogo.

3ª Ronda: Esta foi a ronda em que eu joguei contra o melhor deck wg que já vi. Tinha tudo, mas tudo mesmo!!! Desde mirror entity até ao wren run packmaster, até aos harbringers elfos para os ir buscar, ali não faltava nada. Primeiro jogo ele baixa um bicho, já não me lembro qual e um balonista. Turno seguinte Incremental growth, pimba nove na cabeça!!! Nesta altura eu tinha um Imperious perfect e um Mestre de caça, que rodei para atacar como se não houvesse amanha! Com Quebra Pescoço de backup, consegui tostar-lhe o balonista e acabei por estabilizar o jogo e ganhar. Jogo dois, foi bicho, harbringer elfo, mirror entity e packmaster de mão. Fui colado à parede, tive de ser raspado com uma espátula!!! O jogo 3 começou da mesma forma, harbringer a ir buscar packmaster. Tostei-lhe o packmaster mas nesta altura esquecemo-nos de algo essencial, o harbringer que estava removido pelo packmaster! Isto custou o jogo ao meu oponente para uma combinação de Imperious perfect e Herói Morfolídeo, pois ele, para além da carta que poderia ter ido buscar, estava mana screwed a verde. É sempre chato ganhar assim...


4ª Ronda:


Nesta ronda joguei contra, salvo erro, o António Guilhermino, que devia ter a pool que eu registei, pois tinha um thoughtweft trio e um mirror entity (carta que estava claramente em promoção nas mesas da frente...), e que fez top 8 também. O baralho dele era wu com merfolks e kithkins. Jogo 1 ele joga o trio cedo e eu tosto-o. Depois o Imperious perfect fez o resto, ganhando o jogo quase sozinho. Jogo dois foi mais ou menos igual.




Nestas 2 últimas rondas, o meu imperious perfect foi absolutamente decisivo, o que confirma o seu estatuto como uma das melhores cartas verdes e uma bomba em limited. Nesta altura estou com 12 pontos e a fazer contas, mais uma vitória nas próximas duas rondas e estou dentro.

5ª Ronda:

Nesta ronda joguei contra outro dos meus oponentes que fez top 8, que salvo erro se chamava João. Antes de começar, fomos alvo de deck check. Quando o jogo finalmente começou, eu fiquei com uma mão lenta no jogo 1 e fui espancado. Jogo 2, eu tinha uma boa mão mas o meu adversário fez Chandra, que eu lidei de pronto, seguida de deathrender. Eu tentei a corrida ao dano, mas acabei por perder porque me faltou uma mana para fazer os tokens necessários para bloquear com o Mestre de caça.


Bem, fiquei entre a espada e a parede, tinha de ganhar o próximo jogo.


6ª Ronda: Nesta ronda curiosamente, para além de ter sido novamente alvo de deck check, não me lembro de muito, excepto que estive sempre ao ataque nos dois jogos, e tenho a ideia que o meu oponente ficou um bocado mana hoosed em um deles.


7ª Ronda: Contra o "puto João" ID.

Bem, e assim entrei em 4º nas rondas suiças para o top 8. Na segunda parte falarei do draft, do deck e dos jogos. Peço desde já perdão aos meus oponentes por não ter apontado os nomes deles e de possivelmente ter errado em alguns dos nomes que dei aquí.

Até lá divirtam-se,

Daniel Pinto

sábado, 10 de novembro de 2007

Parabéns Daniel!

Daniel Pinto está de parabéns após o excelente Top4 no PTQ qualifier realizado hoje na Arena Porto.
Parabéns Daniel!

Report para breve! (Espero eu :) )

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Kithkin, Magic dos pequenininhos

Tenho lido em alguns sites, opiniões desfavoráveis acerca do uso em limited do branco e principalmente dos kithkins.

A minha opinião é bastante divergente; em dois prereleases, joguei com branco como principal cor, e os resultados foram bastante positivos (um venci no outro tive 4 vitórias 3 empates), além de que, alguns dos melhores decks que fiz em draft tinham por base os kithkins.

É claro que existem tribos melhores, mas os kithkins também têm uma palavra a dizer.

Como já foi escrito aqui no blog, em limited é importante gerar ameaças consistentemente, ou seja, usar a mana de forma eficiente, com o evoluir dos turnos, no sentido de jogar mais e/ou melhores magias que o adversário para ganhar o jogo. Para isto acontecer o deck deverá ter uma boa curva de mana. Com isso em mente vamos analisar o branco por custo de mana:

Custo 1: Com este custo temos três bons picks e um mais fraquinho. Temos Burrenton forge-Tender, Goldmeadow Stalwart e o melhor bicho de turno 1 Goldmeadow Harrier, ainda existe outra opção mais fraquinha o Goldmeadow Dodger.

Custo 2: Temos Kinsbaile Skirmisher, Kithkin Greatheart que se pode tornar muito bom, Cenn`s Heir um pouco inferior mas com potencial, Knight of Meadowgrain muito bom e Wizened Cenn.

Custo 3: Aqui existe o Avian Changeling, Harpoon Sniper que num deck de tritões é demoníaco, contudo sozinho também é agradável, especialmente se tivermos shapeshifters no deck; temos ainda com custo 3 o Kithkin Harbinger, Kithkin Healer e Springjack Knight.

Custo 4: Há o Hillcomber Giant, o Kinsbaile Balloonist e um pouco inferiores na minha opinião o Veteran of the Depths e Oaken Brawler.

Custo 5: Temos Changeling Hero, Cloudgoat Ranger, Plover Knights e Sentry Oak e Wellgabber Apothecary.

Custo 6: Existe apenas uma carta o Lairwatch Giant.

Estão aqui apenas as cartas comuns e incomuns pois as raras têm pouca probabilidade em sair, de qualquer forma fica aqui uma amostra: Brigid, Hero of Kinsbaile, Galepowder Mage, Mirror Entity, Purity, Thoughtweft Trio, Ajani Goldmane e Militia`s Pride.

Como podem constatar, existem várias opções válidas para cada custo, tirando talvez o custo 4, pois só tem duas cartas boas; contudo esta menor abundância no custo 4, pode ser colmatado por outra cor.

O removal também não é nada mau, para dizer a verdade é muito bom, temos: Crib Swap, Neck Snap, Oblivion Ring, podemos sempre contar com o Moonglove Extract e é claro o raro Austere Command. Temos também alguns combat tricks razoáveis, Triclopean Sight e Surge of Thoughtweft. Outra magia engraçada é Pollen Lullaby, muita gente não gosta dela, mas posso dizer que é bastante útil principalmente para ajudar a ganhar a corrida do dano.

Existem certas cartas que combinam muito bem com os kithkins como por exemplo: Kithkin Mourncaller, Guardian of Cloverdell; já o Quill-Slinger Boggart não é tão boa espingarda. Uma palavra de apreço para uma carta que roda que é uma coisinha estúpida em draft o Blind-Spot Giant, ninguém gosta muito deste bicho e em geral dos gigantes, por mim tudo bem; houve um draft em que fiquei com 5 destes amigos 3 Kithkin Greatheart, 2 Avian Changeling, 2 Fire-Belly Changeling, 2 Hillcomber Giant e 2 Crush Underfoot, fora o resto. No deck certo é uma 4/3 por 3 manas!

Boa sorte para os ptqs e até para a semana.

domingo, 4 de novembro de 2007

Magic Teórico: "Tempo" em limited

Olá a todos,


Esta semana vou falar dos princípios básicos da teoria do magic, a teoria do Card Advantage vs Tempo, direccionando-me sobretudo para as vantagens de um bom tempo em limited.
Para começar temos de definir "Tempo". Este conceito, para o magic, significa a capacidade de usar a mana de forma eficiente, com o evoluir dos turnos, no sentido de jogar mais magias que o adversário e ganhar o jogo. Por exemplo, um baralho que faça turno 1 jackal pup, turno 2 tarmogoyf, turno 3 troll ascetic é um baralho que está a usar toda a mana que tem disponível turno a turno, no sentido de colocar pressão no adversário. Como tal tem um bom "tempo". Um outro baralho que a primeira jogada que faz é jogar uma Wrath of god no turno 4, é um baralho que não tem um "tempo" muito bom, apesar de ter um elevado índice de card advantage, algo a que a cólera tão bem nos habituou.

É neste equilíbrio que reside o sucesso de um baralho. Mas em límited, na minha opinião este equilíbrio é completamente diferente de constructed. Em constructed temos raras com bons custos de mana a ditar as leis, como as cóleras e os tarmogoyfs. Isto faz com que as curvas de mana sejam muito mais baixas e os "tempos" muito importantes. Em límited isto não acontece. Os drops bons de custo um são pouco abundantes, e muitos drops de custo 2 são rapidamente tornados irrelevantes por cartas com custos de mana mais elevados. As curvas de manas são bastante mais altas e centram-se nos custos 3 e 4, ao contrário do custo 2 que geralmente domina constructed.

Logo, como o João disse no seu artigo sobre comprar ou começar primeiro, de facto em limited o tempo é menos explosivo e logo menos importante, e as coisas tendem mais para o card advantage. No entanto continua a ser essencial para um baralho ter um bom tempo, mesmo em limited.

Isto acontece porque em limited os baralhos não estão tão bem equilibrados como em constructed, os mana screws são mais frequentes, as mão que começam a jogar ao turno 3 e 4 também são mais frequentes. Logo, se tivermos um baralho bastante eficiente em termos da utilização da mana, todas estas situações jogam a nosso favor. Mas mais importante do que tudo isso é evitar que os jogos em limited se tornem uma roleta russa, decididos pelas raras bomba no endgame, em que quem tiver a rara melhor ganha.

Um dos melhores jogadores de limited do tour, Quentin Martin, afirmou num artigo recente, que faz os baralhos no sentido de colocar o adversário numa posição em que só as bombas deles os podem salvar. Que melhor maneira de colocar o adversário numa posição destas do que ter uma boa curva de mana? Não só colocam o adversário desde logo numa posição defensiva, como dão menos turnos para o adversário poder comprar as ditas bombas.

Só mais duas coisas àcerca do tempo para acabar. Primeiro, ter um bom tempo não implica ser um baralho agressivo, um deck com um bom tempo é um baralho que faz uso eficiente da mana no sentido de rapidamente conseguir controlar o jogo e virar a situação de jogo a seu favor. Baralhos de controlo podem, e geralmente os bons têm, ter um bom "tempo". "Tempo" e agressividade são dois conceitos diferentes.

Segundo, acho que em limited muitos jogadores atacam pouco. Isto apenas leva a mesas de jogo gigantes, com mil bichos de cada lado, em que nenhum jogador pode atacar com medo do contra-ataque. Assim gera-se a situação de roleta russa que descrevi acima, em que os jogos são decididos na base de quem compra primeiro a bomba. Muitas vezes é bem jogado atacar com uma 2/2 para cima duma 2/2, só para limpar os bichos da mesa. E muitas mais vezes é bem jogado não bloquear e iniciar uma corrida ao dano, sobretudo quando voces determinam que a vossa mão é superior à do adversário naquele momento. Isto impede o adversário de ter muito tempo para recuperar de situações de mana screw e dá-lhe menos tempo para comprar as suas melhores cartas. Atacar também tem a vantagem de forçar erros, devido à pressão que coloca no jogador que defende.

Até para a semana, e até lá ataquem muito,

Daniel

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Jogar em primeiro ou Comprar?

A primeira decisão que temos de tomar numa partida de magic, é se devemos começar a jogar em primeiro lugar, ou em segundo e comprarmos uma carta. O senso comum diz-nos que devemos optar por jogar em primeiro lugar. Isto é quase uma verdade de La Palisse para constructed, veja-se o exemplo de extended em que muitos matchups são quase decididos no dado inicial, mas o mesmo não se aplica a limited. Já pararam para pensar, se jogar primeiro é a melhor opção?

Optar por comprar, trás algumas vantagens. Quando se joga em segundo, tem-se a oportunidade de fazer mulligans mais agressivamente, com menos probabilidade de ficar mana screwed o jogo inteiro. Além disso temos o conhecimento do número de mulligans do oponente, o que é mais um dado para optarmos por ficar com uma mão ou não.

Em sealed deck tempo, não é a razão pela qual se ganha muitos jogos, trata-se sobretudo de conseguir jogar as cartas, e comprando primeiro, há mais hipóteses disso acontecer, enquanto é relevante. Existem algumas situações em que jogar primeiro pode não ser a melhor opção:

Sealed é mais lento (e inconsistente) que draft e a vantagem que se tem em jogar primeiro, normalmente não é tão importante como a card advantage, que se ganha jogando em segundo lugar. Além de que, nos primeiros turnos, não se geram ameaças suficientes para vos desassossegarem e terem de se livrar delas rapidamente.

Muitas vezes somos forçados a jogar com mais do que duas cores, e como se sabe nesses casos, a base de mana não é tão consistente, o que leva a fazer mais mulligans, daí comprar primeiro ser uma vantagem.

Uma outra situação, em que comprar primeiro traz vantagens, pode advir de terem perdido o primeiro jogo, (para o azar por exemplo) mas terem um deck melhor que o oponente. Nesta situação será melhor comprar primeiro para evitar problemas de mana.

Se tiverm um deck mais reactivo que próactivo, começar primeiro não trará grande vantagem, enquanto que a carta extra o trará, pois teram potencialmente mais respostas.

Jogar em primeiro também tem vantagens, por exemplo:

Tempo. Se jogarem primeiro colocando ameaças nos primeiros turnos, colocam o oponente numa posição reactiva. Se este não estiver a jogar com um deck reactivo, já poderão ter abolido o seu plano de jogo.

Mana. Ao termos mais mana em jogo, temos mais opções de magias para jogar. Ter aceleradores de mana no deck, dá ainda mais ênfase a esta situação, pois podemos jogar ameaças mais cedo.

E aí está o novo T2...

Podem encontrar aqui todos os top 8 deste ano dos states. Podem também ler o artigo do Mike Flores desta semana na wizards.com sobre os states aqui.